Criatividade e planejamento podem transformar a imagem da sua empresa. As empresas que buscam desenvolvimento econômico, mas sem considerar a sustentabilidade, estão fora do jogo do mercado atual. Para consolidar uma marca, nada mais correto do que colocar, na meta das empresas, preocupações e ações que colaborem para o equilíbrio ambiental, mostrando transparência na gestão empresarial. E isso é possível, para as grandes, médias e pequenas empresas. Basta apenas uma idéia criativa para aplicar a sustentabilidade e ganhar com a economia dos custos operacionais. Mas o que é sustentabilidade?
Sustentabilidade é uma das formas de se manter, sustentar, conservar. Assim, uma casa que utiliza boa parte da iluminação natural é sustentável, pois não ficará refém do sistema de iluminação elétrica, por exemplo. Armazenar a água da chuva para utilizar na limpeza ou aproveitá-la nas descargas do banheiro também é possível. E isso pode ser feito com pouco dinheiro, basta usar criatividade e boa vontade. Assim, você satisfaz suas necessidades atuais, sem reduzir as oportunidades de gerações futuras.
É possível inserir a sustentabilidade no processo de produção de uma empresa. Foi o que ocorreu com alguns supermercados que, para preservar o meio ambiente, optaram por utilizar sacos de papelão ou fazer com que os clientes tirassem da gaveta aquela velha sacola de pano para levar as compras para casa. Assim, ele reduziu gastos com as sacolas plásticas e ainda evitou a permanência delas por séculos nos aterros sanitários.
Responsabilidade corporativa
Ao longo da última década, cada vez mais países e companhias vêm reconhecendo os benefícios das políticas e práticas da RSC (Responsabilidade Social Corporativa) nos negócios. É o que pensa a rede de escolas de inglês Cel-Lep. Para a coordenadora de cursos da escola, Mônica Carvalho, a empresa pretende, em longo prazo, desenvolver uma estratégia de RSC, baseada na integridade e valores sólidos para a corporação e para a sociedade civil. Atualmente a empresa recicla todos os papéis utilizados na escola.
“As práticas socialmente responsáveis não prejudicam os lucros de uma empresa, como podem ser a base para que aumentem. Uma empresa socialmente responsável, por meio de suas práticas, pode atrair e reter investidores de qualidade, bem como empresas parceiras e ainda evitar crises causadas pela má conduta em RSC”, afirma Marisa. Para ela, a empresa precisa criar um código de conduta para todos e preocupar-se com o impacto da organização na sociedade.
A RSC deve ainda ficar acima dos padrões exigidos pelos estatutos legais da sociedade. “É importante recomendar aos colaboradores as premissas básicas dos conceitos da RSC e o porquê ela deve ser parte integrante de nossas estratégias de negócios”, diz Marisa. Outra ação é articular e justificar a relação entre RSC e competitividade sustentável, conquistando investidores de qualidade e estabelecendo um crescimento justo e equilibrado e que beneficia todos os segmentos da sociedade.
4 passos para a sustentabilidade
· O crescimento de uma empresa deve vir de produtos e serviços apoiados em modelos de negócios capazes de desenvolverem-se a médio e longo prazo. Este é o primeiro pilar para o crescimento sustentável: o econômico-financeiro. Em vez de lucros imediatos é melhor pensar em receitas recorrentes.
· O segundo passo é o fator sócioambiental. Produtos que agridem o meio ambiente ou esgotem os recursos naturais estão acabados no mercado. Preconceito social, sexual, mão-de-obra infantil, entre outros, jamais serão aceitos pelos mercados interno e externo. Preservar a diversidade cultural das comunidades é um requisito primordial.
· Empresas que possuem produtos nocivos à saúde também estão eliminadas. O terceiro pilar é a preocupação com a saúde e bem-estar dos clientes. Alimentos que podem agravar a saúde pública, por exemplo, como obesidade, doenças circulatórias e diabetes, podem ser reprovados pelo mercado.
· E por último, a governança na gestão é decisiva para toda e qualquer empresa. Sistemas baseados mais em processos do que na intuição são cada vez mais assertivos. Uma opção é criar conselhos administrativos. Informações sobre negócios devem ser claras, objetivas e organizadas em balanços auditados de forma independente.