Muitos empreendedores acreditam ainda que o sucesso de um empreendimento depende de pessoas diferenciadas, que assumem riscos, que não se contentam com a mesmice, que são auto-suficientes, por isso, não precisam de sócios. Sem dúvida, uma parte desse pensamento tem fundamento prático, porque de fato não se chega a lugar algum sem boa dose de obstinação, característica comum dos grandes líderes. No entanto, o individualismo excessivo, de quem se vê como herói, se impõe em um mercado altamente competitivo com garra e bravura e vence, é pura ficção.
É claro que os negócios de sucesso sempre tiveram em sua gênese alguém especial que vislumbrou o que a empresa seria um dia e acreditou que poderia construir uma grande organização. Mas isso não se constrói sozinho.
“O que diferencia o empreendedor de sucesso dos demais, que tentam e não atingem grandes patamares de desempenho, é que os primeiros se cercam de pessoas especiais, também empreendedoras, e que formam uma equipe que faz acontecer.”
No aspecto econômico, encontrar aliados para fortalecer a capacidade de resistência do negócio até que ele se consolide é fundamental. A união de cérebros, experiências e dinheiro é uma estratégia poderosa e eficaz.
Parece óbvio, mas trabalho em equipe é essencial para o sucesso em empreendedorismo e isto não é discurso, é fato. Porém, há muitos empreendedores que não se atentaram para isso no processo de organização e desenvolvimento de seus negócios e acabam falindo. O empreendedor na ativa, que busca se posicionar com vantagem no mercado, precisa, em primeiro lugar, responder às velhas perguntas: Quais são meus pontos fortes? Quais são meus pontos fracos? Que tipo de pessoa devo trazer para o negócio que complemente meu perfil, ou seja, que tenha pontos fortes que supram meus pontos fracos? Porque não é fácil encontrar sócios com perfis que agreguem valor. E se não forem respondidas preliminarmente essas sentenças, o risco de errar a mão é muito grande.
Se ao buscar um sócio, você não identificar nas pessoas contatadas o perfil complementar aos seus, tome cuidado, pois muitos negócios têm problemas no relacionamento entre sócios justamente pelo fato de a sociedade ter sido determinada não por critérios de complementariedade, mas por questões apenas de empatia, por laços familiares, entre outros motivos. Sociedade é importante, é essencial e determinante para o sucesso de uma iniciativa. Por isso, deve ser tratada como assunto sério, recebendo a devida atenção do empreendedor, que não pode se deixar levar por fatores superficiais ou periféricos.
Isso não significa que se deve alimentar a ideia errônea de que sócio é algo complicado, que sempre está querendo levar vantagem e “deixar você para trás”. Este mito é difundido porque muitos dos que tentam e não conquistam o sucesso sofrem deste problema e acaba propagando o erro pessoal com ressentimento. Mas a causa está na escolha dos sócios e não no fato de se ter sócio.
Sustentabilidade
Não bastassem as dificuldades básicas para fazer um negócio prosperar, a estrutura organizacional precisa estar harmonizada com os conceitos atuais de produção sustentável, que incorporam valores adicionais no relacionamento entre colaboradores, com a sociedade e o meio ambiente, estabelecendo um novo olhar para o mundo, que desperte a criatividade e estimule o empreendedorismo. O que significa agir em equipe, com uma postura pró-ativa e estratégias claras para alcançar um desenvolvimento orgânico.
Este é um desafio a todas as empresas, inclusive àquelas que já estão consolidadas. Tanto é que o movimento no mercado de trabalho é para atrair colaboradores que consigam se mostrar competentes nesse novo ambiente. Nesse momento, de conquistar talentos, as ideias convencionais de patrão e empregado quase que se apagam para dar espaço a um relacionamento aberto e desafiador. Os patrões que não se predispõem a esse tipo de relacionamento sofrem e correm o risco de ficar com uma equipe mediana, de pouca luz. Por outro lado, a empresa que percebeu a necessidade de apresentar sempre novas vantagens àqueles que apresentam soluções aos problemas enfrentados corre na frente. O desafio é superar as próprias limitações, sempre, e em todos os sentidos, seja na hora de encontrar um sócio, seja na hora de contratar um novo integrante da equipe.