Como as empresas podem enfrentar períodos de crise
A dica é encontrar eficiência nos controles internos
Em época, os empresários devem obter informações que os ajudem a melhorar a gestão na empresa. Um documento do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) São Paulo, denominado “Como Agir na Crise”, está disponível no site da instituição com orientações e dicas para as empresas superarem, com menos dificuldades, o período de incertezas econômicas.
Com linguagem acessível, o documento é dividido em duas partes. A primeira orienta como as micro e pequenas empresas devem agir na crise, em situações específicas: MPEs (micro e pequenas empresas) que vendem para o consumidor final; que vendem para grandes empresas; que vendem bens de capital; que utilizam crédito bancário para financiar a venda de seus produtos; que precisam de crédito bancário para capital de giro e investimentos; e importadoras ou que utilizam insumos.
A outra parte do documento destina-se a todos os empresários. A dica do documento é dobrar a atenção em vendas, definição de preços e obtenção de recursos. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil possui 14,8 milhões de pequenos negócios, sendo 4,5 milhões de empresas formalizadas e 10,3 milhões de informais. Juntos, respondem por 28,7 milhões de empregos e por 99,23% dos negócios brasileiros. Mais informações no www.sebraesp.com.br ou pelo 0800 570 0800.
· Eficiência
A eficiência, principalmente nos controles internos de uma empresa, deve ser utilizada pelos gestores para enfrentar o período de crise, conforme aponta o Presidente do Conselho Consultivo da BDO Trevisan e diretor da Trevisan Escola de Negócios, Antoninho Marmo Trevisan, em entrevista ao Boletim do Empresário. “Há uma questão institucional, alheia aos procedimentos operacionais, nesse caso, em que as medidas a serem tomadas devem passar por uma análise constante das alterações na economia e mapeamento das tendências”.
Outra dica de Trevisan é que os empresários devem reorganizar os projetos de expansão. “Isso não significa, obrigatoriamente, que haja uma redução. Ao contrário, nesses períodos, podem surgir grandes oportunidades na retomada”, acredita. Para ele, os empresários precisam seguir a cartilha da eficiência e evitar uma exposição financeira que possa pressionar seu fluxo de caixa. “Devem evitar também a mistura do crédito privado nas suas operações, como cheque especial, parcelamentos em cartões etc”, afirma.
Ao mesmo tempo, internamente, a gestão do negócio deve ser feita com os mais apurados controles financeiro, fiscal e, principalmente, contábil. Através desses controles, criam-se instrumentos capazes de indicar aos empresários, passo a passo, a fotografia de seus negócios, desde um apurado controle de estoque ao adequado casamento entre pagamentos e despesas.
“A iniciativa privada, em geral, não trabalha com excedente. Seria interessante e funcional que as despesas de custeio pudessem ser diminuídas, através de melhoria na gestão”, ressalta Trevisan.