Revisões e controles do planejamento estratégico
Flexibilidade e velocidade são necessárias
A maioria das empresas ocupa-se, neste momento, em fazer o controle estratégico, trabalhando nas revisões necessárias, ou seja, ajustando as “velas do barco-empresa” para a tempestade que se iniciou. É hora não somente de ajustar as “velas”, mas também de rever o próprio rumo que está sendo seguido, corrigindo-o, caso necessário.
Essa revisão pode ser iniciada com análise do cenário. Vivemos, até pouco tempo, um clima geral de otimismo e crescimento econômico, com o qual projetamos o cenário para a empresa. Nos dias atuais, para aqueles que ainda não o fizeram, é recomendável a análise sobre o que se imagina acontecer para o ramo específico de negócio para sua empresa.
Essa análise, preferencialmente brotando de um grupo de pessoas-chave, deve ser feita com cautela para evitar os exageros de praxe, lembrando que muitas oportunidades surgem em momentos de crise. O empresário Abílio Diniz, do Grupo Pão de Açúcar, quando questionado sobre a crise, não titubeou: "Uns choram com a crise, outros vendem lenços, como nós...". Quantas outras coisas podem ser vendidas! Nesse caso, as competências importantes para o sucesso são a flexibilidade e a velocidade.
Tal reflexão nos direciona também para os exames das estratégias, dos objetivos atuais e da própria missão da empresa. Os ingredientes principais para essa reflexão em cada empresa são sempre os mesmos: pensar, pensar com inteligência, pensar em voz alta com as demais pessoas-chave, coletar números, informações, indicadores, exemplos etc. Caso seja feita em um ambiente de cooperação positiva, com manifestação das pessoas, a empresa poderá colher resultados importantes.
Depois de clareadas e escolhidas as melhores alternativas para a situação da empresa, é importante que o empresário elabore, mesmo de maneira simples, um novo plano escrito que contenha os custos e receitas esperados nos respectivos espaços de tempo.
Caso essa conta apresente resultado positivo (viabilidade), somente então é hora de agir. E de agir rapidamente. Pode ser que outros concorrentes estejam pensando a mesma coisa, e, normalmente, quem chega primeiro colhe os melhores frutos.
O controle estratégico tem como significado básico comparar o desempenho obtido com o que foi planejado e, em caso de divergência, realizar todas as providências necessárias para fazer com que ambos coincidam. Nessa situação só existem duas alternativas: rever o planejamento ou corrigir ações práticas que foram ou vem sendo realizadas.
Dessa forma, o controle estratégico significa a existência de condições que possibilitem a capacidade de realizar as ações necessárias para que o plano estratégico seja implantado e se desenvolva da forma planejada rumo aos objetivos.