O conceito de excelência como um hábito precisa ser assimilado em sua magnitude. E excelência é uma maneira sintética de expressar a qualidade total.
Há empresas que lideram o mercado e estão abrindo sempre as portas para que os clientes conheçam o novo. É o caso, por exemplo, da Apple, que tem o privilégio de ser comandada pelo talentosíssimo Steve Jobs. Neste momento, em que o gênio das novas tecnologias passa por problemas graves de saúde, todo o mercado se questiona: O que será da Apple sem Jobs?
Na necessidade de dirimir dúvidas e queda nas ações, Tim Cook, o segundo na hierarquia da corporação, se empenha para evitar a tese de descontrole, mesmo no caso da ausência do número um, e reforça que possui uma equipe inigualável, com capacidade para tocar adiante o barco da criação. Reafirma, assim, a escalada ascendente da Apple com uma frase exemplar: “Para nós, a excelência é um hábito”.
É importante observar que o mercado é implacável mesmo com as empresas com histórico de vanguarda e alicerçada em uma equipe invejável. Imagine com aquelas que ainda almejam se consolidar no mercado? Não há espaço para amadorismo.
Padrão de Qualidade
Quando o assunto é a implantação de programas de qualidade, soa como canção celestial frase desse quilate (“Excelência como hábito”). Mas para alcançar tal estágio há a necessidade primeira de alcançar a excelência, o que não é nada fácil. Depois, incorporá-la à vida cotidiana de todos os integrantes da equipe. E, finalmente, mantê-la, o que passa a ser uma obra de arte.
Isso só é possível quando há a confluência de vários fatores: boa formação profissional, prazer dos colaboradores em fazer o que fazem, determinação dos líderes para construir uma empresa de sucesso e trabalho organizado para superar obstáculos. Além, obviamente, de muita pesquisa de mercado.
O processo de ajuste passa pela compreensão do que vai pela cabeça dos clientes e o que eles esperam da empresa. A tarefa precisa alcançar seu ponto ótimo, o que exige abertura para o diálogo permanente e vontade de mudar. Fica evidente que são poucas as empresas que estão na vanguarda, como a Apple, abrindo as portas para o novo e recriando o consumidor.
A maioria oferece produtos e serviços tradicionais, em um mercado cativo. Por isso, precisa estar sempre atenta para manter o espaço conquistado, devido à disputa ferrenha natural entre concorrentes. Mesmo assim, essa disputa não se dá apenas no front dos resultados imediatos, que movimentam o caixa, mas também, no front das idéias, que garantirá a permanência no jogo.
É a partir do bom relacionamento com o cliente que se fazem as mudanças visando o amanhã. Nada mal, portanto, usar uma empresa líder do mercado global para nortear esta conversa. Porque o conceito de excelência como um hábito precisa ser assimilado em sua magnitude. E excelência é uma maneira sintética de expressar a qualidade total.
Os programas de qualidade trazem em seu bojo essa preocupação de excelência. O ponto de partida nesse processo seria incorporar o 5S à vida da empresa e à vida particular. A sequência é evolutiva e depende da ambição de cada um. As portas para o novo estão abertas apenas para os obstinados. Ser líder é ser obstinado em busca da excelência. Quem se habilita?